21 Livros Infantis com Protagonistas Negros – Educação Antirracista e Representatividade
*Atualizado em 17 de agosto de 2025
Por que essa seleção é importante?
Como mãe de crianças negras, percebo diariamente como a representatividade importa. Ter contato com histórias em que personagens negros são os protagonistas e estão em posições de destaque fortalece a autoestima, o senso de identidade e o pertencimento. A leitura é uma das formas mais poderosas de reforçar essas mensagens desde cedo.
Essa representatividade não deve estar limitada apenas ao mês de novembro. Ela precisa fazer parte do cotidiano, da estante de livros, da sala de aula, do parquinho e da programação infantil.
Nem todos os livros citados falam explicitamente sobre identidade ou diversidade mas acredito que todos fortalecem a autoestima e identidade de crianças negras, além de serem importantes para uma educação antirracista de TODAS as crianças.
Pela minha experiência como mãe, percebi como é importante para as crianças lerem e assistirem os personagens negros sendo heróis e protagonistas nos filmes e livros que falem sobre TODOS os temas, também com vivências cotidianas. No caso dos livros infantis, a descoberta de sentimentos, de palavras ou brincadeiras, por exemplo.
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Resumo: O cabelo de Zuri é mágico. Ele pode ser trançado e enrolado para combinar perfeitamente com uma tiara de princesa ou uma capa de super-heroína. E Zuri sabe que seu cabelo é lindo! Mas um dia superespecial pede um penteado mais especial ainda.
A mãe de Zuri está voltando para casa depois de um tratamento médico. E, embora ainda tenha muito o que aprender quando se trata de cabelo, o pai da menina é o responsável por ajudá-la a montar o penteado perfeito para receber a mãe. Ele fará qualquer coisa para deixar a filha feliz, até mesmo aprender a diferença entre trança nagô e trança twist.
Comovente e empoderador, Amor de cabelo enaltece o carinho ao próprio cabelo, o amor entre pais e filhas e a felicidade que preenche aqueles que podem se expressar livremente.
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Na música “Amoras”, Emicida canta: “Que a doçura das frutinhas sabor acalanto/ Fez a criança sozinha alcançar a conclusão/ Papai que bom, porque eu sou pretinha também”. E é a partir desse rap que um dos artistas brasileiros mais influentes da atualidade cria seu primeiro livro infantil e mostra, através de seu texto e das ilustrações de Aldo Fabrini, a importância de nos reconhecermos no mundo e nos orgulharmos de quem somos — desde criança e para sempr
“Um livro que rega as crianças com o olhar cristalino de quem sonha plantar primaveras para colher o fruto doce da humanidade.” Sérgio Vaz
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Maria sempre soube que as pessoas existem no mundo em diversos tamanhos, formas e cores. Por isso estranhou quando sua melhor amiga, Júlia, lhe presenteou com um desenho um tanto quanto estranho. O livro Da cor que eu sou celebra a diversidade. Uma obra para ensinar nossos filhos a enxergar os outros como eles realmente são. E com todo o amor, respeito e admiração que isso requer. Com ilustrações cativantes e palavras afetuosas, pequenos leitores poderão mergulhar no universo da diversidade e perceber a beleza que existe nas nossas diferenças. Um livro que aborda um tema tão importante e urgente de uma maneira lúdica, leve e de leitura envolvente.
Nota de Raquel: Além de autora do livro, Andressa Reis é, sem dúvidas, uma das maiores criadoras de conteúdo sobre parentalidade do Brasil. Em seu instagram , além da rotina com a família, ela compartilha textos e vídeos mostrando múltiplos lados da maternidade, fazendo reflexões importantíssimas com um toque de leveza e humor, mas mantendo um propósito firme e consistente. Além do livro, recomendo quer acompanhem seu conteúdo nas redes sociais.
Em um minúsculo planeta, vive o Pequeno Príncipe Preto. Além dele, existe apenas uma árvore Baobá, sua única companheira. Quando chegam as ventanias, o menino viaja por diferentes planetas, espalhando o amor e a empatia. O texto é originalmente uma peça infantil que já rodou o país inteiro. Agora, Rodrigo França traz essa delicada história no formato de conto, presenteando o jovem leitor com uma narrativa que fala da importância de valorizarmos quem somos e de onde viemos – além de nos mostrar a força de termos laços de carinho e afeto. Afinal, como diz o Pequeno Príncipe Preto, juntos e juntas todos ganhamos.
Publicado originalmente em 1999 em forma de poema rimado e ilustrado, esta delicada obra chega ao país pelo selo Boitatá, apresentando às meninas brasileiras diferentes penteados e cortes de cabelo de forma positiva, alegre e elogiosa. Um livro para ser lido em voz alta, indicado para crianças a partir de três anos de idade – e também mães, irmãs, tias e avós – se orgulharem de quem são e de seu cabelo ‘macio como algodão’ e ‘gostoso de brincar’. Hoje em dia, é sabido que incontáveis mulheres, incluindo meninas muito novas, sofrem tentando se encaixar em padrões inalcançáveis de beleza, de problemas que podem incluir desde questões de insegurança e baixa autoestima até distúrbios mais sérios, como anorexia, depressão e mesmo tentativas de mutilação ou suicídio. Para as garotas negras, o peso pode ser ainda maior pela falta de representatividade na mídia e na cultura popular e pelo excesso de referências eurocêntricas, de pele clara e cabelos lisos. Nesse sentido, Meu crespo é de rainha é um livro que enaltece a beleza dos fenótipos negros, exaltando penteados e texturas afro, serve de referência à garota que se vê ali representada e admirada.
SULWE TEM A PELE DA COR DA MEIA-NOITE. Ela é mais escura que todos de sua família. Ela é mais escura que todos de sua escola. A Sulwe só queria ser bonita e cheia de luz como sua mãe e sua irmã. Quando ela menos esperava, uma jornada mágica no céu da noite abriu seus olhos e fez com que tudo mudasse.
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Uma obra fundamental para pautar a diversidade e a beleza que existe em cada criança, independente de com qual penteado ela vai. Com um texto rico e claro, como só a Kiusam de Oliveira, doutora em Educação e com diversas publicações de sucesso, poderia nos trazer.
Este livro é uma dessas pinturas estonteantes. Cenas plásticas que nos prendem a atenção!
A festa de 100 anos do Seu Benedito vai animar toda a família, afinal, agora ele é um cen-te-ná-rio.
Para homenagear seu bisavô nessa data tão importante, suas bisnetas e seus bisnetos irão escolher penteados lindos para participarem da comemoração. E cada uma e cada um irá presentear seu bisa com a virtude mais poderosa que tem.
Com qual virtude você presentearia alguém tão especial?
Bucala: a pequena princesa do Quilombo do Cabula conta a história de uma linda princesa quilombola que tem o cabelo crespo em formato de coroa de rainha. Ela possui poderes que protegem o quilombo. Bucala voa no pássaro-preto, cavalga na onça suçuarana, mergulha no reino da rainha das águas doces e aprende toda a sabedoria dos reinos africanos com o sábio ancião Bem-preto-de-barbicha-bem-branca.
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Lázaro Ramos, ator muito conhecido de todos, se aventura em mais um livro infantil. Neste título chamado Caderno sem rimas da Maria, o autor se inspira em sua filha, inventa e ressignifica palavras e, nesta brincadeira, mostra que a liberdade da leitura nos faz viajar para lugares muito distantes.
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O narrador deste livro narra cada coisa, pessoa e animal que vê da sua janela em uma favela do Rio de Janeiro. Dela ele vê cores, traços, gestos, objetos e bichos cujas vidas podem ser parecidas ou diferentes da sua, mas com certeza têm algo a ensinar.
Com uma narrativa sensível e ilustrações cheias de vida e movimento, Da minha janela é um convite a todos os leitores para olharem para as vidas que nos cercam mas, muitas vezes, passam despercebidas.
* Prêmio Jabuti 2020 na categoria Infantil. *
Um livro não apenas sobre uma dança, mas também sobre uma forma de expressão ― que transforma sonhos em movimentos.
Nascido no Rio de Janeiro e misturando ritmos do funk, da capoeira, do samba e do frevo, o passinho tem ganhado cada vez mais dançarinos e participantes apaixonados, que levam às pistas, às competições e ao mundo um jeito único de dançar e se expressar.
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Em seu novo livro, o premiado autor de Da minha janela escreve, com a mesma prosa poética e cativante que lhe é característica ― e que ganha força e cores com as ilustrações de Bruna Lubambo ―, sobre o passinho, seus dançarinos e tudo mais que os rodeia.
De passinho em passinho, elas e eles dançam
De passinho em passinho, elas e eles cantam…
Cantam seus amores.
Cantam suas dores.
Livro indicado para leitores a partir de 4 anos.
Resenha Especializada – A Taba
Trish Cooke, de origem afro-caribenha, nos presenteia com um livro de ritmo muito gracioso. A leitura das palavras dá-nos a sensação de cantarmos uma dessas composições em que a cada estrofe poucos elementos novos são inseridos de modo a brincar com a memória de quem canta. A graça está também nas ilustrações da renomada Helen Oxenbury que retratam a chegada dos integrantes da família com cores muito vivas e gestos dançantes. Mas temos de citar o bebê da história que é muito fofo tanto nos desenhos em preto e branco em que aparece sozinho brincando, dançando, lutando, de bracinhos abertos quanto quanto nos coloridos em que está interagindo com a tia, o tio, o primos, o pai. Tanto, tanto! é a história de uma reunião familiar para uma festa surpresa de aniversário. Aos momentos das animadoras chegadas de cada integrante com o seu modo peculiar de saudar a todos e ao bebê, sucedem-se os momentos de espera em que eles ficam fazendo nada.
A criança observa sua mãe em seus afazeres domésticos e depois saindo para trabalhar. Importante para falar sobre essa “separação momentânea” enquanto a mãe está trabalhando. O livro certamente colabora para que a criança viva melhor esse processo e se sinta segura.
Se você está lendo estas palavras, é provável que goste das mesmas coisas que Lulu, a personagem deste livro. É que ela adora livros e ama visitar a biblioteca do bairro para descobrir novas histórias. Lá ela descobriu também que as bibliotecas são lugares divertidos e aconchegantes, onde ela pode fazer novas amizades! O que falta para você procurar a biblioteca mais perto da sua casa?
17. Educando crianças antirracistas

As Histórias da Preta falam de um povo que veio para o Brasil à força. Homens, mulheres e crianças escravizadas, distantes de suas terras, foram obrigadas a exercer todo tipo de trabalho. Perderam toda a liberdade, sofreram muito. No entanto, sobreviveram à escravidão e acabaram fazendo do Brasil sua segunda casa.
Como é ser negro neste país? Faz diferença ou tanto faz? Reunindo informação histórica, reflexão intelectual, estímulos ao exercício da cidadania e historinhas propriamente ditas (tiradas da mitologia africana, por exemplo), a autora fala sobre a população negra no Brasil, com a experiência de quem já foi alvo de racismo.
A obra recebeu os prêmios Adolfo Aizen e José Cabassa pela União Brasileira de Escritores (UBE, 1999), o selo Altamente Recomendável pela Fundação Nacional do Livro Infanto Juvenil, FNLIJ 1998, categoria informativo. Também foi selecionado para o Brazilian Book Magazine para na Feira do Livro de Bolonha (1999).
19. Olelê
A história por trás de uma tradicional cantiga infantil do povo que vive às margens do Rio Cassai, na República Democrática do Congo. A canção cita palavras de origem bantu introduzidas no Brasil na época da escravidão. Na época da cheia, quando as águas do Rio Cassai sobem, quem está nas áreas baixas precisa migrar para os lugares mais altos. É hora de cantar a música que vai dar coragem às crianças que terão que atravessar o rio. O Kala, o homem mais velho da aldeia, chama os mais novos assim: “Olelê, olelê!”. Os meninos e as meninas entendem que é para a criançada se reunir, entrar nos barcos e começar a perigosa travessia.
20. Omo-oba: Histórias de princesas e príncipes

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