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“A RAINHA – Experiências extraordinárias para a primeira infância”

“A RAINHA – Experiências extraordinárias para a primeira infância”

Estreia dia 17 de setembro, no Teatro do CCBB Brasília 

  

O Centro Cultural Banco do Brasil de Brasília recebe temporada inédita da peça infantil A RAINHA – Experiências extraordinárias para a primeira infância, nos dias 17 e 18, 24 e 25 de setembro, no Teatro do CCBB. O espetáculo, patrocinado pela Petrobras, inova ao ser uma apresentação teatral concebida para crianças de até 6 anos de idade que funde as linguagens da dança, do teatro e da música, convidando esse público de pequeninos a adentrarem o mundo onírico, mágico e efêmero das fábulas e contos maravilhosos. 


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No palco, A Rainha divide a cena com músicas, figurinos, teatro de sombras, luzes e objetos que evocam, com graciosidade, as características de sua majestade. A bailarina que encarna A Rainha faz nesta peça infantil uma celebração da natureza pela dança e pelo brincar.  O espetáculo oferece aos pequenos uma oportunidade para vivenciar o mundo extraordinário e sensível das artes cênicas, especialmente pensada para a primeira infância, dialogando com o universo da criança, que demonstra afeto e empatia pelo mundo e pelo outro desde muito cedo. 

Vestida com grandes saias infláveis e flutuantes, de onde coisas surgem e somem, A Rainha se transforma o tempo todo. As crianças interagem com ela através do movimento, do toque, da escuta, da sensibilidade e do olhar. Exploram experiências sensoriais que desvendam novas possibilidades na construção do seu brincar.  


2022.07.23_A%20Rainha_Fabio%20Caffe_IMG_8659 “A RAINHA - Experiências extraordinárias para a primeira infância”

O projeto é uma das iniciativas selecionadas na chamada Petrobras Cultural para Crianças na categoria Artes Cênicas, que contempla projetos de artes cênicas voltados para a primeira infância, abrangendo capitais e cidades menores. Com concepção, criação e interpretação de Andrea Jabor, e co-direção, figurinos e ambientação cênica de Flavio Souza, o espetáculo, que já passou pelo Rio de Janeiro e Fortaleza, chega agora a Brasília, Ceilândia, Gama e Pirenópolis. Depois, volta para o Rio de Janeiro para fechar a circulação do projeto em Niterói. 

As rainhas permeiam nosso imaginário desde cedo. As fábulas, os contos maravilhosos e muitas histórias infantis estão repletas de rainhas, boas e más. A Rainha neste espetáculo, para mim, representa o arquétipo da grande mãe, da mãe natureza, que encanta, domina, cuida, é bela, orienta, acolhe, é forte, mas muito frágil ao mesmo tempo”, comenta Andrea Jabor. 

Além das apresentações, o projeto realiza oficinas gratuitas com conteúdos artísticos-pedagógicos extraordinários e sensíveis. Em Brasília, será oferecida a oficina “Improvisação e Composição para a Criação Cênica e sua relação com a primeira infância” direcionada para profissionais das artes cênicas, dança, estudantes e interessados. Em Ceilândia (no dia 13 de setembro) e Pirenópolis (nos dias 29 e 30 setembro) acontece a Oficina “Brincar para Afirmar a Vida” direcionada para educadores, professores e artistas que dialogam com a primeira infância.  

As informações completas sobre inscrição nas oficinas, data, horário e local estarão disponíveis no site https://andreajabor.com/a-rainha/, no Instagram (@arainha_andreajabor) e Facebook https://www.facebook.com/andrea.jabor 

  

Em Brasília, a temporada nos dias 17, 18, 24 e 25 de setembro, tem sessões sempre às 15h30 e 17h30, no Teatro do CCBB. Os ingressos, que custam R$ 30,00 inteira e R$ 15,00 meia, podem ser adquiridos em bb.com.br/cultura. 

Após a temporada, o espetáculo segue para Pirenópolis com apresentações abertas ao público nos dias 30/09 e 01/10, com entrada franca, no Cine Pireneus. 


Serviço

Brasília

Centro Cultural Banco do Brasil Brasília

Espetáculo: “A RAINHA – Experiências extraordinárias para a primeira infância”

Local: Teatro do CCCBB

Dias: 17, 18, 24 e 25 de setembro

Horários: 15h30 e 17h30

Classificação LIVRE

Duração: 45 minutos

Ingressos: R$30 (Inteira) / R$15 (Meia) em bb.com.br/cultura


Pirenópolis

Local: Cine Pireneus – Rua Direita n°1 Centro – Pirenópolis-GO

Dia 30 de setembro – sexta-feira – às 19h

Dia 1º de outubro – sábado – às 17h

Classificação LIVRE

Duração: 45 minutos

 

Entrada Franca. Retirada de ingressos por ordem de chegada no dia do evento.

Informações (61) 99353-9043


A Rainha

A fase de 3 a 6 anos é uma idade muito marcante, um período de grandes transformações, onde as crianças conquistam uma maior autonomia em relação a todos os aspectos de sua vida. No movimento, na fala, nas ideias, nas escolhas, onde aprendem a viver em sociedade e a criar seus mundos paralelos de fantasia e possibilidade. A Rainha é como uma criança nesta idade. Acredita nas coisas com o coração, quer reinar, criar e conquistar o mundo e as coisas. Descobre que ao brincar pode inventar mundos. Que tudo pode se transformar para criar aquilo que deseja ou imagina. É um mundo maravilhoso e espetacular cheio de possibilidades e por isso a importância de oferecer uma gama variada de experiências sensoriais e estéticas na primeira infância tem sido motivo de amplos debates na sociedade em busca de uma educação mais atualizada e engajada com as questões do século 21. Acho que este espetáculo junta duas questões muito importantes para mim como artista. Acreditar no mundo pelo coração e pelo amor com empatia e também não se apegar, pois o mundo está em movimento e as coisas se transformam o tempo todo, não podemos controlá-las, então se aprendermos a dialogar e brincar com o mundo a nossa volta com afeto, empatia, com delicadeza e humor, talvez possamos aprender algo, até a construir um mundo mais amoroso e menos competitivo e raivoso. Mais cooperativo, sensível e mais conectado com a natureza. Acho que todos estamos em busca de viver em um mundo mais conectado com o belo e a natureza. Meu desejo de ser Rainha é para poder continuar brincando de dançar a vida com este entendimento trazendo ternura, leveza, delicadeza e alegria.” (Andrea Jabor)

 

Investigando fases do desenvolvimento na primeira infância

“Em 2015, em pesquisa com Ana Achcar e Flavio Souza, dois grandes parceiros artísticos, estávamos investigando os arquétipos das Rainhas e o corpo como um lugar de poder. Nessa ocasião eu já dava aulas de corpo e desenvolvimento do movimento para mães com seus bebês de 3 a 8 meses. E também trabalhava numa pesquisa de movimento que investigava como as fases do nosso desenvolvimento estão presentes no nosso alfabeto de movimento e como podem fazer parte do nosso treino como bailarinos, intérpretes e criadores. Investigava a ideia dos brinquedos de corpo, do corpo como um brinquedo e esta relação brincante que a cultura popular nos ensina a ter com o corpo. Eu já estava também envolvida com as pesquisas sobre a cultura da criança, com a Lydia Hortélio e outros pesquisadores da primeira infância. O que me levou a fazer parte do filme Tarja Branca* (sobre o brincar), de 2014. Aí por conta destes trabalhos, fui convidada pelo consulado da Dinamarca no Brasil, a participar junto com um grupo de outros artistas de um Grande Festival de teatro para infância e juventude chamado APRIL FESTIVAL.


 

Neste festival, tudo que vi por lá e conheci fez com que eu quisesse focar meu olhar para esta faixa etária da 1ª infância. Assim decidi criar A Rainha, um espetáculo voltado para esta faixa etária. Em 2016 comecei então a experimentar dançar para este público dos pequenos. De lá pra cá foram muitas experiências e apresentações inclusive em festivais internacionais, como no KROKUS FESTIVAL da Bélgica e na Áustria. As crianças desta faixa etária são extremamente francas, emotivas, exigentes e sensíveis. Para se apresentar e dançar para esta faixa etária, e conquistar a atenção e olhar delas, é um desafio permanente para mim em cena. Tudo precisa ser muito real para se tornar fantasia e brincadeira. É também um desafio para a cena pois tenho que resolver a interação que se dá no momento da cena. Ou seja, eu como artista tenho que trabalhar com o inesperado, ser espontâneo, me preparar para o imprevisível e manter a minha escuta aberta para cada momento. Fui aprendendo aos poucos a dançar e trabalhar com este público.” (Andrea Jabor)

 

Experiências extraordinárias e sensíveis no mundo presencial

 

“Nossos pequenos estão expostos a muita informação neste mundo tão cheio de coisas e repleto de muitas horas de telas, vídeos e games. Acredito que os pequenos e nós também, muitas vezes não temos tempo de processar o que vivemos. Por isto adoecemos e ficamos tristes, tensos e estressados. A experiência artística, especialmente a experiência teatral ao vivo, permite com que as crianças possam visitar lugares que oferecem experiências sensíveis e extraordinárias e um lugar para o processamento em tempo real das experiências. Um tempo espaço presencial e interativo diferente do “normal”. Um lugar onde as metáforas que as artes nos apresentam nos dão uma oportunidade de processar com o inconsciente e com a sensibilidade. Talvez por isso saímos transformados das experiências com arte. Sinto que hoje e cada dia mais, é importante oferecer para as crianças experiências extraordinárias e sensíveis no mundo presencial e não no mundo virtual. Um tempo e espaço que não seja pautado pela tela plana, pelos jogos e games exigentes e competitivos, mas pela experiência sensível, sensorial, tátil e interativa do mundo presencial.” (Andrea Jabor)

 

Uma janela para olhar o futuro da educação das crianças

 

“Precisamos falar sobre nossas crianças, sobre a educação e como podemos nos atualizar e criar uma visão mais harmoniosa para entrar no século 21 com mais consciência e cuidado. Vejo que a troca entre artistas e educadores é uma possibilidade de criar uma janela para olhar para o futuro da educação das crianças. Temos muito a trocar. Acredito que os artistas podem oferecer ideias e alternativas criativas para os educadores e pedagogos, que muitas vezes não têm tempo nem espaço para pesquisar. Em uma das oficinas que vou ministrar intitulada, especialmente pensada para educadores, a proposta é oferecer a possibilidade de vivenciar nosso corpo como um brinquedo. O brincar nos leva a infância, lugar onde vivenciamos o movimento de corpo todo, entrando na experiência e sensação do movimento. Acredito que é na experiência de vivenciar, pela dança, pelo movimento, pelo corpo como brinquedo, que podemos chegar a encontrar um lugar de afirmação da própria vida. Esta experiência de afirmação de vida pode ser sentida no corpo. Entrar em movimento orientado pela sensação do peso, do toque, do ritmo da dança, pode ser uma vivência transformadora para nós.” (Andrea Jabor)


*Fotos de Fábio Caffé

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