Festival celebra o direito da criança à brincadeira
Fruto da colaboração entre as atrizes e educadoras Marília Cunha e Nadja Dulci (Cia. Rainha de Copas) e o ator e coordenador Pedro Coroca (V4 Cultural), o 1° Festival de Arte e Educação para Infância do DF – FestaE tem início no próximo domingo (23.5), e conta com recursos do Fundo de Apoio à Cultura (FAC), da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec). O objetivo da parceria é pensar, por meio da arte-educação, o direito de brincar como “ação fundamental”, como prevê o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
O evento oferece à comunidade infanto-juvenil e aos professores da Rede Pública de Ensino do DF oficinas, palestras e exibição teatral de 23 a 30 de maio. O Festival foi pensado como uma atividade agregadora ao calendário da Secretaria de Educação do Distrito Federal (SE-DF), porque considera a Semana Mundial do Brincar, prevista no programa da Educação.
A abertura do festival acontecerá às 16 horas com a palestra “De Onde Vem Aquela Menina” apresentada por Lydia Hortélio – artista de Salvador, atuante em todo o estado da Bahia, que enfatiza a importância dos aspectos lúdicos pertencentes ao povo. Aos 88 anos, a experiente professora acredita que o mundo diferente surgirá por meio da revolução feita a partir das crianças.
Devido à pandemia de Covid-19, o projeto, que foi planejado para o formato presencial, adaptou-se ao formato híbrido. Dessa forma, por meio das acomodações do Complexo Cultural Samambaia (CCS), os grupos executam performances transmitidas no Canal do YouTube do CCS. Cada espetáculo ficará disponível por 24 horas, enquanto as oficinas serão realizadas em videoconferências no Google Meet.
TRÊS PERGUNTAS/NADJA DULCI
Qual a importância desse fomento do FAC para o projeto FestaE?
O Fundo de Apoio à Cultura (FAC) é uma das políticas mais importantes do Brasil para atividades culturais. É importante que a gente entenda essa política pública como um direito da população do Distrito Federal, para que a gente possa realizar projetos, gerar empregos e renda, como acontece quando um projeto é financiado. Os projetos representam a autonomia intelectual para a população. O FestaE, por exemplo, faz pensar a respeito de temas como afeto, cidade, educação e a brincadeira.
Qual o impacto cultural e social do projeto?
O FestaE é um projeto multilinguagem de teatro e arte-educação. Temos oficinas sobre construção e criação de brinquedos, contação de histórias, apresentação com bonecos, temáticas de cultura popular e cultura tradicional, como brincadeiras clássicas infantis. Então o impacto, creio, é no sentido de que promove, de alguma maneira, também um resgate da cultura tradicional brasileira, popular. E a forma como trabalhamos, de encampar um processo de contato com as escolas públicas do DF, que trabalham com educação infantil, a fim de obter uma participação maciça de alunos e professores nas nossas atividades. E participando das oficinas, existe a oportunidade também de encontrar e reencontrar novas possibilidades educacionais. Os espetáculos são oportunidades que podem gerar muitos debates dentro da sala de aula – agora virtual, que agora a gente tá diante dessa nova realidade, né? – mas são espetáculos que falam sobre literatura e sobre cultura popular.
Qual o alcance do projeto? Há estimativa de quantas pessoas serão impactadas por ele?
Eu saberia responder se a gente tivesse em um formato presencial, mas como estamos em formato virtual, eu não consigo quantificar. No entanto, nós estamos em contato direto com as escolas, principalmente de Samambaia, mas também do Plano Piloto, e de outras RAs. Porque o nosso objetivo é alcançar os educadores com as oficinas e a aula aberta, e os alunos através de espetáculos que são criados especialmente para a infância. Tomara que venha muita gente!
PROGRAMAÇÃO FESTAE
23/05 (DOMINGO) – Abertura do Festival com palestra “De onde vem aquela menina”, com Lydia Hortélio (Salvador/ BA), às 16h
24/05 (SEGUNDA) – Exibição do espetáculo “João, Joãozinho, Joãozito”, da Cia Rainha de Copas. O espetáculo é baseado na obra homônima de Claudio Fragata e conta a história do menino introspectivo que vive no interior das Minas Gerais, que ama os livros e veio a se tornar um dos mais célebres escritores brasileiros João Guimarães Rosa.
Horário: 10h e 15h (disponível no canal por 24h). O bate papo com artistas será às 19h.
25/05 (TERÇA) – Exibição do espetáculo “A História do Balão Vermelho” do Grupo de Teatro Celeiro das Antas. A obra, com técnicas de palhaçaria, conta a aventura de um balão vermelho, inseguro e inquieto, que desconhece que pode voar. Com toda sua pureza e ingenuidade, parte em busca da realização de um sonho e faz com que sua própria história aconteça.
Horário: 10h e 15h (disponível no canal por 24h). O bate papo com artistas será às 19h.
26/06 (QUARTA) – Exibição do espetáculo “Brasília, Brinquedo de Ler”, da Duo Brinquedo. A obra recria de forma absurda e misteriosa a história da construção de Brasília passeando pela linguagem poética dos sonhos. É um convite para que as infâncias de todas as idades brinquem de ler a cidade e o seu lugar dentro dela.
Horário: 10h e 15h (disponível no canal por 24h). O bate papo com artistas será às 19h.
27/05 (QUINTA) – Exibição do espetáculo “Benedito, Abençoado e Benzido”, do Mamulengo Fuzuê. Enfrentando os desmandos do Capitão João Redondo, que tudo quer comprar e dominar com seu dinheiro e poder, Rosinha, Benedito e o Boizinho Fuzarca lançam mão de muita esperteza para fugir de perigos representados pela fantástica Cobra Anaconda.
Horário: 10h e 15h (disponível no canal por 24h). O bate papo com artistas será às 19h.
28/05 (SEXTA) – Exibição do espetáculo “Bendita Dica”, da Cia Burlesca. O espetáculo com atores e bonecos em cena utiliza entre as manipulações a técnica japonesa Bunrako. Ela narra liricamente a história de Benedita Cipriano Gomes, mais conhecida como Santa Dica, uma mulher guerreira que construiu uma sociedade baseada nos princípios da coletividade e solidariedade na cidade de Lagolândia/GO, entre as décadas de 20 e 30.
Horário: 10h e 15h (disponível no canal por 24h). O bate papo com artistas será às 19h.
29/05 (SÁBADO)
Oficinas Artísticas
10h às 12h – Inaugurando um novo olhar Celeiro das Antas – O do Grupo de Teatro Celeiro das Antas propõe a Oficina Inaugurando um Novo Olhar, com enfoque sobre a construção de bonecos a partir de objetos cotidianos resultado do processo de montagem do espetáculo “A História do Balão Vermelho”.
14h às 16h – O Brinquedo e Brincadeira Mamulengo Fuzuê – Mamulengo Fuzuê fará a Oficina O Brinquedo e a Brincadeira. A oficina pretende ser um lugar de troca e aprendizado sobre o folguedo da Cultura Popular Brasileira, o universo do Teatro de Mamulengo abordando um pouco da história do teatro de bonecos no Brasil e a estrutura da Brincadeira de Mamulengo no que diz respeito a musicalidade e personagens tradicionais.
17h às 19h – Brinquedos Poéticos/ Duo Brinquedo – Na oficina, Duo Brinquedo desdobra as poéticas do espetáculo “Brasília, brinquedo de ler” em um novo convite: reprojetar Brasília numa brincadeira de bagunçar as estruturas da cidade com os próprios objetos, fúrias e paixões. Os oficineiros são os artistas Gabriel Guirá e Ana Flavia Garcia.
30/05 (DOMINGO)
Oficinas Artísticas
10h às 12h – Brincadeiras Tradicionais/ Cia Rainha de Copas – A Cia Rainha de Copas oferecerá a Oficina Brincando com João, que tem como objetivo juntar a brincadeira tradicional que de alguma forma já faz parte do repertório da criança, com a Pedagogia Griô com a intenção de privilegiar os saberes e fazeres tradicionais já existentes no imaginário do educador.
14h às 16h – Contação de Histórias/ Cia Burlesca – A Cia Burlesca irá ministrar a Oficina de Contação de Histórias. Nela serão abordados conteúdos como valores contidos nas histórias, técnicas de narrativa, interpretação, elementos para narração, preparação e apresentação de histórias e recursos artísticos.
Redes sociais:
@sececdf
@vinte4cultural
@festaedf
@complexosamambaia
Por: Assessoria de Comunicação da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Ascom/Secec)
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