Museu Vivo da Memória Candanga
Nascida no então Hospital Juscelino Kubitschek de Oliveira (HJKO), em 1966, a servidora pública Áurea Viana faz parte da primeira geração de brasilienses.
Áurea conta que os filhos ficam curiosos quando percebem que hoje a maternidade é um espaço que guarda memórias da construção de Brasília.
“Sou a filha mais velha e nasci no HJKO, pois, no início da vida de casados, meus pais moraram na Cidade Livre, atualmente, Núcleo Bandeirante.
Bartolomeu Rodrigues, secretário de Cultura e Economia Criativa
Nascido em 1959 no antigo HJKO, o empresário Tito Palmieri conta que foi um dos primeiros filhos da capital. Registrado no livro 1, na página 2, Tito revela que os pais vieram na época da construção com uma oferta desafiadora para morar e trabalhar na nova cidade. O pai, o mato-grossense Dr. João Cristóvão Palmieri, era médico do hospital e foi responsável por diversos partos e intervenções cirúrgicas feitas na época.
Tito conta que o pai atuou como médico do Exército e foi um dos principais agentes de saúde no HJKO. A família morou na W3 Sul, onde hoje é a quadra 711.
“O Museu Vivo é um local onde sempre quando vou, me emociono, por lembrar que eu e minha família fizemos parte do início da capital do Brasil! Que o Museu Vivo seja sempre esse lugar de lembrança e acolhimento, que seja sempre zelado e preservado”, desejou Tito Palmieri.
“O museu une o passado com os dias atuais, em momentos que os filhos de Brasília apontam as histórias vividas por seus pais e avós, despertando assim o interesse em aprender costumes da época em que surgiu Brasília”,
Eliane Falcão, gerente do Museu Vivo da Memória Candanga
DE MATERNIDADE A MUSEU
As casas do HJKO são, atualmente, o mais fiel conjunto de arquitetura de madeira da época da construção da nova capital do país.
Regido pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec), o Museu Vivo, localizado entre as Regiões Administrativas de Candangolândia e Núcleo Bandeirante foi inaugurado no dia 26 de abril de 1990, com a destinação de preservar o legado deixado pelos candangos na época da construção de Brasília.
A charmosa alameda composta de casas simples e coloridas, cercada por árvores frutíferas, faz parte do cenário que torna o museu “vivo”.
O OLHAR DE JOAQUIM PAIVA
Responsável pela maioria dos cliques feitos na época da construção de Brasília, o fotógrafo e diplomata Joaquim Paiva manifestou seu sentimento pelo Museu por meio do seu olhar subjetivo. Com parte de suas fotografias ofertadas ao acervo do espaço, ele conta que na época, a capital federal era uma cidade ainda por se fazer. Seus contrastes, suas cores e formas o cativaram, em seu primeiro trabalho fotográfico, realizado no Núcleo Bandeirante.
“Felicito em especial todos àqueles que muito trabalharam e contribuíram para a existência deste museu, e espero que o Governo do Distrito Federal continue a manter e valorizar o Museu Vivo da Memória Candanga, em suas diversas atividades, e incentive a preservação e o enriquecimento da sua coleção para o bom conhecimento e desfrute das novas gerações”, manifestou Joaquim.
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